Essa teoria nasceu da sociologia criminal e explica o comportamento desviante de certas minorias.
Essa teoria pressupõe uma sociedade plural, com várias manifestações culturais de pequenos grupos ou bando, e explica a influência dessas subculturas principalmente nos jovens, o desvio dessas pessoas para a prática de crimes quando adotam certas ideologias dessas subculturas que funcionam como uma alternativa aos padrões sociais tradicionais, quando o sujeito se associa a determinado grupo desviante ele se reveste dessa nova forma de pensar, de agir e de se expressar.
A subcultura não é um produto das zonas urbanas mais precáreas, mas sim uma alternativa aos padrões impostos pelas classes dominantes, frente a impossibilidade de avançar e progredir na sociedade, faz com que pequenos grupos desviantes encontrem uma alternativa para se realizar e assim alcançar as metas culturais da classe média, propondo uma possibilidade de sucesso e alternativa de sucesso em seus guetos restritos.
Assim, nessa nova ordem de valores e ideias, existem valores próprios que devem ser seguidos pelos seus associados, valores esses que os identificam frente aos valores culturais predominantes e tradicionalmente aceitos.
COHEN é o principal expoente dessa teoria, quando escreveu a obra "Delinquente Boys" em 1995, solidificou o conceito de subcultura e firmou as premissas básicas que deu ensejo a outras teorias mais elaboradas, este autor explica a causa das altas taxas de criminalidade entre jovens das classes mais baixas, e concluiu que este comportamento criminoso do jovem pobre americano refletia um protesto contra as normas e valores das classes dominantes, seus padrões culturais inalcançaveis, expressado em um estado de frustação pessoal, vindo a encontrar na subcultura o status negado pela cultura dominante.
Um sistema de valores e crenças que promove atos criminosos, confere status social aos seus membros por conta de tais fatos e especifica o tipo de relações a serem mantidas com pessoas de fora do mundo social dos delinquentes" (COHEN, 1995).
Temos algumas características marcantes nas subculturas, características diferentes ou cosmovisões que os diferenciam da sociedade oficial; código axiológico próprio, novos valores que devem ser seguidos; organização interna, líderes, sub líderes; status que fora negado pela sociedade convencional e senso de pertencimento. Na maioria das vezes os jovens são preparados para uma carreira criminal de adulto, por esta razão essa teoria está associada à jovem criminalidade das classes mais baixas, sendo comparada nos jovens a uma decisão simbólica de rebelião, mas atuante igualmente nos adultos que é explicada como uma ação racional e utilitária.
KOBRIN contribuiu com a teoria da subcultura ao explicar que na maioria desses grupos existem uma dualidade de valores a serem observados, tando os valores sociais aceitos pela subcultura quanto os valores tradicionalmente aceitos pela sociedade coexistem, explica que as subculturas são geradas em face de uma ostilidade de grupo, e esses grupos seriam uma expressão coletiva das adaptações do indivíduos na busca pela defesa de sí mesmo.
Para COHEN existem características nas subculturas ou grupos, os valores são não-utilitários, maliciosos e negativos, onde existe a transformação das normas convencionais, contrariando tudo aquilo que é aceito na sociedade convencional, defendendo que um comportamento é correto apenas porque é proibido pela cultura oficial.
CLOWARD e OHLIN defende que a subcultura criminosa é aquela em que certas formas de atividade delitiva são um requisito essencial para o desempenho de seus papeis dominantes, enquanto que para COHEN, a subcultura delinquente possui seu fundamento nas frustações dos jovens em ascender ou obter sucesso social, atribuindo a sociedade a culpa de seus fracassos que independe de si mesmo para alcançar as metas impostas pela sociedade organizada, virificado uma sensação no jovem de uma injusta privação. REFERÊNCIAS
Resumo do material do curso de Mestrado da FUNIBER.